Hoje em dia, o mundo olha novamente para Berlim… por ser o lugar onde acontece as coisas importantes do mundo da Arte — principalmente no universo da escrita. Antes da Segunda grande guerra, a Capital alemã já era considerada o centro do mercado Editorial e lançava para artistas dispostos a debochar do cenário mundial… mas, perdeu o posto ao ser invadida e feita metade. O muro levantado foi ao chão e a cidade alemã tratou de se estabelecer como uma Capitais mais eloquentes do mundo.
Atualmente, várias Editoras têm sua sede estabelecida em Berlim… a Editora Hanser, uma das mais literárias e sofisticadas em toda a Europa é uma delas — em Berlim pensa-se um pouco diferente, e por isso, para a pergunta sobre como serão os livros no futuro, e como serão vendidos, as respostas em Berlim também serão outras — é o que diz Michael Kruger… poeta-romancista e editor da Hanser… uma figura contraditória, que sempre pontua suas falas com frases de efeito — a vida de um ser humano é demasiado curta e, por isso, deveríamos ler os bons livros que existem… reclamação particular — com a qual concordo — sobre o fato de que as livrarias estão lotadas de subliteratura, os leitores têm preferência por livros ruins e as grandes Editoras dão cada vez mais espaço para a chamada literatura de entretenimento…
Em Berlim, no entanto, existe um movimento inverso… um grupo de Editores está a dar espaço a novos escritores, que dificilmente conseguiriam ser publicados pelas grandes casas literárias, que arriscam cada vez menos, preferindo apostar apenas no que vende. Momento perfeito para os pequenos-ousados e promissores livreiros — Matthes & Seitz, Kookbooks ou Secession —, que se estabeleceram na velha Capital Alemã e nos oferece uma espécie de Norte para a Literatura.
De olho em Berlim

Mesmo com a crise que asola o mercado literário atualmente, sempre existirão leitores que estão a busca de boa literatura, de novidades nesse segmento. Que bom que em Berlim há esse movimento de editoras nesse sentido, abrindo as portas para talentos que precisam de uma oportunidade.
Concordo a vida é curta, há tanto para ler, e há aqueles que merecem ser relidos!!!
Acho que não podemos classificar a literatura em boa ou ruim….
Pessoas diferentes, gostos diferentes, apenas isso…
Abraços
Eu fico um pouco chateado com o descaso que as grandes editoras tem com os novos escritores que estão chegando no mercado. Já li cada livro maravilhoso desses novos talentos e recomendo para todos. O grupo editorial é uma máfia, onde preferem pessoas de fora a os que pertencem a sua terra.
Eu não acho que seja uma máfia… apenas que eles escolhem o que publicar. Sempre foi assim. Mas, faz algum tempo que os novos autores não tem espaço nessas grandes livrarias, por causa do alto custo de investimento para se lançar um novo autor. É mais fácil lidar com um catalogo conhecido, que seja retorno certo.
É um ramo complicado e um mercado muito restrito. Mas há as novas editoras que estão a abrir portas e isso é válido. Eu mesma já lancei vários novos autores e estou muito satisfeita com o meu trabalho.
bacio
Poxa que legal esse espaço aos novos escritores que os editores mais consolidados estão dando.
A literatura precisa ser propagada pelo mundo, é necessário que portas se abram para uma nova geração de escritores com o apoio dos que tem mais tempo de mercado 🙂