Perdi a paciência e poucas vezes em meus quase quarenta (anos de existência) um ano me deixou sem falas. Não é que foi ruim — simplesmente não foi… um ano inteiro. Não sei se fiz pouco-muito-nada. Não sei de que matéria foram feitos os dias e suas vinte e quatro horas, semanas e meses. Às vezes, parece que ainda estou lá em meados de janeiro a esperar pelo Carnaval para começar os eventos, costurar os livros, encontrar pessoas e dialogar a realidade de coisas e causas.
E como resumir tudo isso em seis fotografias? Olhei meu arquivo ao som de Rag´n Bone Man… I’m only human / I make mistakes / I’m only human / That’s all it takes / To put the blame on me / Don’t put the blame on me — clique aqui e siga a trilha…
1 — entre esquinas e pesados goles de expresso mocha… eu planejava o ano e seus trezentos e tantos dias…
2 — Encontrei amigos entre esquinas e celebrei os primeiros dias desse ano que se pretendia inteiro, com muitas possibilidades…
3 — O carnaval passou mas, o ano não começou… e eu acho que nunca dormi tanto, no meio da tarde, dentro das noites e das manhãs invariavelmente ensolaradas!
4 — Nova rotina dentro dos dias… escrever pelas manhãs — coisa pouco comum para uma figura tão noturna. Foi estranho-difícil e perturbador. Mas, aconteceu ali na varanda… porque nada e por acaso!
5 — Leituras e releituras… de poesias, contos e romances.
6 — …um ano inteiro coube dentro de um livro-projeto, escrito dentro dos sábados costurados com linha de cetim preta…
Darlene Regina — Mariana Gouveia — Odulio Nuñes Ortega
Escritora de não-livros, seu não-ano foi mais produtivo do que anos comuns de muita gente. Eu sei porque você me ajudou a ultrapassá-lo razoavelmente saudável mentalmente. Obrigado!
O ano que não vivemos… pra fora. Tudo mudou 🙏🏻😷Ficamos dentro de casa, refletindo muito sobre a vida é tantas outras coisas… Tivemos mais tempo pra nós, redescobertas, reinventando tudo. Adorei suas rotinas… não muito diferentes da minha. Este livro será um marco na sua vida. Abraços
Só me aconteceu uma coisa boa esse ano. Salvou um ano para ser esquecido.
Esse ano foi… O ano que não foi. Um ano que me recorda Augusto dos Anjos e suas poesias falando sobre tudo que poderia ter sido e morreu antes mesmo de nascer. Queria ter aquele otimismo de quem imagina que 2021 apagará 2020 e trará a normalidade de volta…
Beijos!
Esse ano foi bem estranho mesmo… parece que ficou tudo em suspenso. E pra mim que vivo planejando tudo foi bem difícil ter que deixar o planejamento de lado e ter que lidar com coisas fora do meu controle foi uma batalha. Mas gostei das fotos que você escolheu e ficarei aqui pensando quais fotos eu escolheria para representar esse ano.
Chegando aqui e pensando bem, acho que tenho muito para comemorar. As nossas conversas, O diário das quatro estações… embora, diante de tantas loucuras, tantas perdas, encerro esse ano feliz por tudo que vivemos juntas.
Grazie por tutti!
Sim, esse ano ficou com a sensação de um “não ano”. Apesar dos pesares, estamos sobrevivendo (ainda bem!).
Também dormi bastante, hehehe. E adorei o “Aos sábados”, muito fofo!
Esse ano foi um castigo dos céus para o ser humano refletir mais sobres suas atitudes e ver que não somos nada. Um nano vírus pode destruir um planeta inteiro em meses. Humildade é fundamental.
O ano para mim foi complicado, trabalhei até meados de abril e depois fiquei em casa com a mente cheia de preocupações, eu tinha certeza que tudo seria resolvido antes do ano acabar e fui deixando muitas coisas para depois, um depois que nunca chegou. Posso dizer que meu 2020 foi o ano das tentativas, tentei fazer várias coisas e nenhuma delas foram concluídas ou me deixaram realmente feliz, sem contar os vários dias que fiquei triste por não abraçar minha família. Finalmente, esse ano está acabando e quero muito que 2021 seja repleto de alegria e realizações.