Ana Cristina César
Mereço (merecemos, meretrizes)
perdão (perdoai-nos, patres conscripti)
socorro (correi, valei-nos, santos perdidos)
Eu quero me livrar desta poesia infecta
beijar mãos sem elos sem tinturas
consciências soltas pelos ventos
desatando o culto das antecedências
sem medo de dedos de dados de dúvidas
em prontidão sanguinária
(sangue e amor se aconchegando
hora atrás de hora)
Eu quero pensar ao apalpar
eu quero dizer ao conviver
eu quero partir ao repartir
filho
pai
e
fogo
DE-LI-BE-RA-DA-MEN-TE
abertos ao tudo inteiro
maiores que o todo nosso
em nós (com a gente) se dando
HOMEM ACORDA!
Acordar é preciso 👀🙏🏻.
Li e reli. Que poema intenso! Apreciei muito a leitura! Pesquisarei mais sobre a autora, pois li pouco, quase nada da obra dela.
Li e reli. Que poema intenso! Apreciei muito a leitura! Pesquisarei mais sobre a autora, pois li pouco, quase nada da obra dela.
Beijos!
Que poema incrível. Reflexivo e forte, profundo e restaurador. Gostei demais!!!
Oi, Lunna! Quanta força nas palavras! Que poema! Aliás, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a foto de apresentação, que está belíssima, gostosa de ser visualizada. Atrela-se às palavras usadas no poema!
Encantei meu domingo!
Baccio