
Lua de Papel
e eu cantasse o amor sem resultado ou causa,
seria mais sensata: chegava-me uma lua de papel,
um par de braços lisos, conformados
Se eu cantasse o amor sem causa ou resultado,
tinha muito mais paz: fingida em luas-cheias,
seria mais sensata e decerto poeta bem melhor
Assim o que me resta é lua cheia a trans-
bordar de tridimensional. A paz a falhar toda
e eu resolvida em causa a insistir papel. E amor.
———
(Lisboa, 1956)
Esse poema nomeou o meu primeiro romance,
lançado em 2014 pela Scenarium livros artesanais
Abril [entre tantas coisas] é o mês do B.E.B.A e lá vamos nós…
e eu terei companhia nessa aventura diária
Adriana Aneli – Alê Helga – Claudia Leonardi – Darlene Regina
Mariana Gouveia – Obdulio Nuñes Ortega – Roseli Pedroso
Lindo poema, Lunna! Lua de papel e amor…
Esse poema ainda hoje fala alto comigo, meu caro… é quase uma música no repeat
Belo poema e, foi assim que tudo começou.
Pois é, minha cara… e me acostumei a buscar nos poemas os títulos para os meus escritos.