Não sou o tipo de pessoa que acumula coisas e mesmo consciente disso… tentei colecionar algumas coisas durante algumas fases da vida. A minha primeira tentativa… foi com selos. Acumulei uma dúzia deles — de todas as partes do mundo. Mas ao visitar um colecionador de selos da cidade, fui apresentada a sua “sala de troféu” — havia ali algumas preciosidades, como um selo oriental, datado de um século anterior… guardado dentro de pequena redoma de vidro. Sai de lá muda e sem disposição para seguir com minha minúscula coleção de selos…
Outra tentativa… dessa vez reuni uma significativa quantidade de papéis de carta. Não foi algo pensado-planejado. Eu trocava correspondência… e havia modelos bonitos na papelaria do bairro. Pagava alguns centavos por eles e guardava-os em uma caixa de madeira, onde acumulavam também as cartas que chegavam. Só dei pela condição de coleção quando alguém, ao me ver selecionando um papel para tecer uma resposta, comentou: “que bela coleção temos aqui“. Bastou para eu interromper as compras, esvaziar a caixa nas semanas seguintes e voltar a usar folhas comuns de cadernos.
Eu gosto imenso de colher folhas pelo caminho, ao sair por aí e guardá-las dentro de livros-cadernos-baús. Mas não ouso chamar de coleção porque sou movida pelo momento-encontro. Eu me canso facilmente das coisas; vê-las acumuladas e a ocupar espaço… me aborrece. Ainda tenho comigo algumas cartas recebidas e postais que amigos trazem ao regressar de suas viagens. Estão lá, em um baú que, de tempos em tempos, esvazia-se. Renova-se. E fim…
Sei, não, Lunna, mas ouvi dizer que tem colecionado escritores. Temo que um dia você acorde sem paciência para manter a sua coleção… ou desfaça de algumas de suas peças.
As coleções são um peso durante uma mudança de casa. Rssrs Sofrendo isso.
Já fui de colecionar livros e dvds, mas parei ao perceber que a coleção não tinha muita serventia, porque raríssimas vezes voltava a eles. Os dvds, doei todos para um projeto de cineclube itinerante em periferias da cidade. Os livros ainda tenho, porque compõem bem o cenário da biblioteca, mas não tenho por eles mais o mesmo apego de antes. Deixo-os disponíveis para quem quiser levar para ler.
Como boa canceriana, no passado, guardei acumulei algumas coisas tipo: cartas (algumas tenho até hoje), pedras, papel de carta decoradas, livros, sapatos, bolsas. Com o tempo fui mudando e preferindo o minimalismo. Hoje, trago apenas o necessário. Somente livros mantenho-os nas estantes mas, de tempos em tempos, faço circular emprestando ou doando para instituições.
Adorei essas não coleções! Já tive algumas assim também. Bacio