Cara Mariana, passei o dia conversando com os dias de julho, como se fosse uma coisa futura, para daqui a pouco ou depois de amanhã. Nem mesmo olhei para o calendário, apenas fui lendo linhas inteiras e preparando a jornada dos dias que virão.
No meio da tarde, repeti sem muita convicção: hoje é sexta e fui atrás de uma xícara de chá… tropeçando nos passos. Hoje todas as coisas estavam fora do lugar. Enquanto esperava pelo apito agudo da chaleira, equilibrava-me entre realidades. Do nada, uma quietude de idéias aconteceu e eu inexisti por alguns segundos. Foi como meditar, mas eu não sou boa com essas coisas. Tudo se dissolve rapidamente e eu começo a tagarelar possibilidades.
Arrastei o meu passo até a varanda e enquanto bebericava o chá quente, um beija-flor enorme-verde surgiu no ar e parou diante de mim. Fiquei em dúvida se era real ou imaginário.
Disse olá e ele não se moveu… continuou por lá, parado no ar, a me olhar.
Eu me lembrei de você e sorri…
Talvez ele tenha ido até você, levando o meu abraço.
E tenha feito a festa que merece, com certeza se saiu melhor que eu.
Auguri
Bambina mia, eu li a sua missiva ainda antes de findar o primeiro de julho, porém, depois de uma semana conturbada, só hoje vim aqui dizer ou repetir que sou grata ao Universo por ter colocado você em minha vida. A impressão que tenho é de que nossos caminhos se cruzaram em algum momento dessa jornada. Chiquinho está sobre mim, no varal de roupa costumeiro. Recebi seu abraço e me envolvo nele. Me envolvo sempre na sua acolhida e cuidado, tanto comigo, com o Buuu, com meus dogs e com minha escrita.
Grazie tanto, grazie mille! Amo tu imenso!