É um não-livro! Um calhamaço de páginas onde textos se escrevem, em forma de ensaios-crônicas-diálogos, que levam de encontro a um questionamento natural:
de quantos fracassos é feita uma vida?
Eu escrevi sem compromisso com a literatura — missivas guardadas em envelopes selados e com um destino: a autora do livro meus desacontecimentos: Eliane Brum e sua narrativa em primeira pessoa, que atiçou labaredas em meu intimo a cada página.
Eu me senti convidada para um café. Escolhi a mesa. Perto da porta… para fugas repentinas. Fiz o meu pedido: um cappuccino e uma generosa fatia de bolo de cenoura. E, enquanto virava as páginas, recordava a criança-que-fui e cada um dos personagens que — sem saber — contribuiram para forjar a pessoa que-sou. E o diálogo começou de maneira silenciosa a partir da pergunta feita em voz alta que soou como um mar em movimento e a palavra flutundo através das ondas num curioso percurso de si… sem mapas-bússolas, apenas o passado como ponto de partida-e-chegada.
Eu fiz o que mais gosto de fazer… escrever missivas em folhas avulsas-soltas que eu guardo em um pequeno baú artesanal que fica escondido na parte alta do armário entre fronhas e toalhas de rosto.
Eliane Brum escreveu: “está é a minha memória. Dela eu sou aquela que nasce, mas também sou a parteira“. Mas eu nem sempre sei quais são as minhas memórias… Tem coisas que estão lá e fazem parte de mim. Mas não me pertecem. Foram emprestadas por outra pessoa, em diálogos demorados que ecoam por dentro, num movimento natural de ondas que chegam ao meu corpo e partem, para quem sabe nunca mais.
Quando as escrevo… são minhas histórias e eu escolho como contá-las e a quem.
Agosto [entre tantas coisas] é o mês do B.E.B.A
e eu terei companhia nessa aventura diária:
Mariana Gouveia – Obdúlio Nunes Ortega – Suzana Martins
Darlene Regina – Mãe Literatura – Alê Helga – Roseli Pedroso
Deixei um twitter para vc.
e já estou imaginando a novidade… ❤