Hoje eu dei pela Primavera pela primeira vez esse ano…
Estava a caminho da Starbucks da Alameda Santos. Embora tenah por hábito ir pela Avenida Paulista — optei por um caminho diferente. Não estava a fim de multidões. E como não tinha pressa de chegar, atrasei o passo e fui com a calma que a manhã me pedia…
Todas as coisas do meu dia haviam sido alteradas e remanejadas para que a tarde fosse livre para diálogos e cafés… E ao passar a lentos passos embaixo de uma árvore, uma pequena flor caiu em cima dos meus livros.
De imediato o perfume da pequena flor se precipitou em mim. Uma azaléia. A senhora que vinha em minha direção demonstrou surpresa: “oras, oras, parece que a primavera sorriu para você”. Trocarmos sorrisos largos. Ela foi embora, rumo a sua realidade que exigia pressa. E eu segui com o meu caminhar que foi e voltou de alguns ontens.
Eu era menina de poucos anos e nem um metro e meio tinha… quando aprendi a ficar com os olhos presos à figura das árvores para conseguir deter em minhas mãos uma pequena folha. Às vezes, era rápido. Bastava um vento e pronto… dúzias de folhas voam pelos ares até o chão. Era tudo que eu precisava para sentir o outono em meu corpo. Mas o hemisfério era outro e as estações cabiam de outros meses.
Mas, às vezes, era necessária uma tarde inteira para isso acontecer e eu não me aborrecia com essa espera. Sentia o vento e dizia: vai ser agora… Nada. Outro vento. Nada… acho que o vento pensava: ela não vai embora se o outono dela. E pronto… soprava forte.
Mas nunca aconteceu com a Primavera… foi a primeira vez.
E eu gosto imenso do que senti…
Gostei imenso de sentir a estação aqui!
Acho que ela sorriu para mim também quando li seu texto.
Grazie!
Há beija-flores e há flores que beijam a Lua…