Lizziê, Sai para caminhar ruas… antes de o dia se exibir com suas cores por cima dos prédios do lugar em que vivo. Sem destino, como eu gosto e prefiro. Hoje era dia de feira no bairro. Todos os movimentos começam mais cedo. Os caminhões se aglomeram ao longo da alameda e as caixas saltamContinuar lendo “52 — A alegria é um aroma de tangerina na ponta dos dedos”
Arquivos da categoria: projeto 52 missivas
51 — Tentei escrever-te, sem sucesso…
Cara Luciana, Há dias, desde que li um texto seu, tento escreve-te. Fiz alguns ensaios, mas confesso que o humor não estava em alta. Os assuntos incomodavam o estômago que pediu xícaras de chá de hortelã — sem efeito. Apelei para o sal de fruta e a magnésia. A realidade anda intragável. As notícias… tentoContinuar lendo “51 — Tentei escrever-te, sem sucesso…”
50 — Deixei de estar disponível…
Suzana, No final desta manhã dourada de agosto, escrevo-te ao som de músicas antigas-minhas. Tenho um repertório bastante peculiar. Hoje escolhi Simply Red para me acompanhar nesse diálogo, ditando o ritmo das palavras e do nosso diálogo. Repito um velho ritual — deixado de lado em algum momento da vida, no meio de uma décadaContinuar lendo “50 — Deixei de estar disponível…”
49 — Nada quebra a moldura da noite
Deixa o coração apaixonar-se pelas paisagens enquanto a alma, no puro sopro da madrugada, se recompõe das aflições da cidade. A pouco e pouco, aprendi que nenhum viajante vê o que os outros viajantes, ao passarem pelos mesmos lugares, vêem. O olhar de cada um, sobre as coisas do mundo é único, não se confundeContinuar lendo “49 — Nada quebra a moldura da noite”
48 – Possuo a doença dos espaços incomensuráveis…
Uma missiva escrita ao longo do passar dos minutos que compõe um dia…
47 — Entre o dia e a noite, há sempre uma pausa quebradiça
missiva escrita em julho de 2002 Caro mio, Há pouco vi o sol se pôr… e fiz uma pausa nas coisas todas para apreciar a paisagem urbana que você não conheceu. Talvez por ser Julho — o nosso verão — a sua presença esteja mais forte nesses dias estranhos. Ouço a sua música e enquantoContinuar lendo “47 — Entre o dia e a noite, há sempre uma pausa quebradiça”
46 — Tenho uma almofada feita de “memories”
São Paulo, Alto da Lapa, fim de tarde… Ano 2012 Cara Suzana, escrevo-te a bordo de uma tarde de sol e ao olhar para o céu, por entre os galhos da jabuticabeira e os telhados vermelhos das casas que me cercam… percebo pequenos chumaços de algodão passeando ao gosto do vento. Alguns chamam de nuvensContinuar lendo “46 — Tenho uma almofada feita de “memories””
45 — Um elogio à sombra
As ruas de Buenos Aires | já são minhas entranhas.Não as ávidas ruas | incômodas de turba e de agitação,mas as ruas entediadas do bairro, quase invisíveis Jorge Luiz Borges Caro Obdulio, Saí para caminhar pelas ruas, há pouco! Precisava ir ao mercado — algo que ensaiei fazer durante a semana, mas fui postergando. NãoContinuar lendo “45 — Um elogio à sombra”
44 – Questões há na realidade, que nunca devem ser respondidas
Marco, Soube há pouco que o inverno chegou cedo; eu estava acordada na hora anunciada. Perdi o sono dentro da madrugada e vim para a sala ler o meu septum porque depois de folhear reticências nos últimos dias de outono, dentro desse mês que é seu-meu-nosso, precisava revisitar-me em outras datas-estações. E ao virar aContinuar lendo “44 – Questões há na realidade, que nunca devem ser respondidas”
43 — Praticamos o nosso modo coffee talk
Meu caro, Viajei no tempo e espaço durante a nossa conversa, no meio da tarde, quando fugi para a cozinha a fim de combinar ingredientes e te surpreender com aromas. Você chegou antes… com a desculpa de sempre: lavar a louça. Eu gosto imenso quando chega-fica… e fala de coisas suas, como se enroscasse asContinuar lendo “43 — Praticamos o nosso modo coffee talk”