Passa das onze… as horas avançam em pares e a noite se esparrama por cima da cidade.Gosto imenso desse momento. Lembra um filme antigo-conhecido, em preto e branco. O dissolver da realidade como conhecemos. As preces crescem nas janelas que os meus olhos alcançam. Tenho essa mania desde a infância — observar esses espaços onde vez ouContinuar lendo “A janela indiscreta do meu olhar…”
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6 on 6 | Arte de rua…
Gosto imenso de sair para as ruas, com o passo solto e o olhar atento para ver o que me atinge — feito um raio. Uma das primeiras andanças das quais tenho lembranças vem lá da infância… andávamos pelos arredores do bairro em que moravámos e ao atravessarmos uma das muitas ruas estreitas da cidade,Continuar lendo “6 on 6 | Arte de rua…”
35 — Não há outra verdade que se possa contar
Para M., Escrevo-te na primeira hora deste domingo-primeiro de abril… Tive um sonho agradável na noite que passou e acordei com vontade de sentir o chão debaixo dos meus pés. Nunca fui de andar descalça, como você. Incomoda-me sujar os pés. Mas, essa vontade floresceu em mim… Tem acontecido com certa frequência… vontade de água friaContinuar lendo “35 — Não há outra verdade que se possa contar”
Blog day
E chegamos ao fim de mais um Agosto! Ontem, enquanto assistia as notícias esportivas… ouvi o apresentador dizer: está chegando ao fim mais um agosto interminável. Eu respirei fundo e observei os dias passados por mim, os textos escritos-reescritos, as viagens, os dilemas, as soluções (algumas improváveis) e os desencontros. Foi tudo tão rápido-ligeiro… queContinuar lendo “Blog day”
4 | Não sei se irá chover ou não
Cara A.a, Acabou a luz no começo da noite e os gritos se multiplicaram lá fora. Eu apenas fechei os meus olhos para ouvir dentro o som dos trovões e deixei a memória intervir… Senti ressoar todas as tempestades por mim vividas. Sorri a infância, a juventude e momentos diversos da vida-adulta… Recordei a salaContinuar lendo “4 | Não sei se irá chover ou não”
Tarde quente de sábado
O dia se manteve desguarnecido com seus tons amenos se precipitando por toda a paisagem. As cores são mais quentes em dias frios. Nos dias quentes tudo arde e fica difícil admirar a paisagem que se transforma em qualquer coisa agressiva… Dei por meus passos pelas calçadas… e ao lado, a intranquilidade de certos humanosContinuar lendo “Tarde quente de sábado”
mais um agosto… seguinte ao seu!
Escrevo nesse agosto… seguinte ao seu! E deixei — propositalmente e sei que entenderá — para fazê-lo no dia seguinte a sua aterrissagem. Você chegou cansada… e levou um tremendo susto com tudo que descobriu a sua volta. A pele foi invadida por uma sensação de primeira vez… como se nunca tivesse passado por aqueleContinuar lendo “mais um agosto… seguinte ao seu!”
durante aquele estranho chá
Num tempo anterior a esse em que eu saia para as ruas sem preocupação e costumava me refugiar na Livraria Cultura… do Conjunto Nacional para fugir do caos promovido pelo famoso horário de pico, da cidade. Lembro-me que fazia calor em Sampa — não como agora — e havia previsão de chuva. Corri para lá…Continuar lendo “durante aquele estranho chá”
03 | Dentro de uma quarta-feira… a promessa se cumpre!
Cara mia, …ler-te pela manhã, me levou de volta para casa num desses ontens que eu coleciono por dentro. Sou toda rituais, você sabe. Alguns se repetem no automático e eu me divirto quando dou por eles. Foi assim ao escrever “aos sábados”. Não foi planejado-calculado-medido. Apenas dei por mim, dentro daquele espaço-tempo repetindo-me. EContinuar lendo “03 | Dentro de uma quarta-feira… a promessa se cumpre!”
De um passado ao outro
Enquanto ouvia notícias do mundo contemporâneo e suas guerras de sempre — comecei a imaginar o que diria-escreveria a autora de “diante da dor dos outros”… a respeito da tomada de Cabul pelo Tabibã, se estivesse viva… Susan foi uma Mulher cheia de opinião e severa na escrita, que não fugia de temas. Estava sempreContinuar lendo “De um passado ao outro”