Da cinza as Asas

Chove em mim.Deixo escorrer por todos os ladosgotas agridoces que imitam lágrimase correntezas do sem fim. Chove, e eu não posso salvarminhas fases esquecidas em mim.Não consigo soltar as palavrasque ficam alagadas dentrodos meus guarda-chuvas. Nem eu mesma posso ser salvadesses respingos que perfuramtodas as minhas artérias. Suzana Martins, in:Nascer pela segunda vez As horasContinuar lendo “Da cinza as Asas”

Sampa, 469

panamérica de Áfricas utópicas… São Paulo é uma cidade logarítmica… com centenas de portões incumbidos de manter inúmeras pessoas do lado de fora e outras tantas do lado de dentro. Milhares de carros, passos e olhares passam pelas mesmas vias, todos os dias, num atropelo desenfreado de movimentos. Os congestionamentos batem recordes e são umaContinuar lendo “Sampa, 469”

No cais outra vez

Escrevi muitas histórias para te contar…Depois, desfiz de cada umaDividi tudo em cartas que você nunca irá lerSão 70 páginas onde a lua avisa …que a vida — é feita de fases! Mariana Gouveia in;Sete Luas Hoje é segunda-feira… dia de começar a ler “novos” livros e de sair para pequenas caminhadas, com as mãosContinuar lendo “No cais outra vez”

Como será a volta dos nossos encontros literários?

O primeiro evento que realizei em São Paulo foi um Sarau… Acertamos tudo com o Fran´s Café do Alto da Lapa — uma antiga casa convertida em Café… lugar pequeno, aconchegante e agradável. Convidamos meia dúzia de artistas conhecidos. O lugar lotou-transbordou e percebemos que tínhamos vocação para encontros insanos… Todos ficaram empolgados e satisfeitos…Continuar lendo “Como será a volta dos nossos encontros literários?”

O poeta portenho Borges

Fui buscar um livro na prateleira nesta manhã em que tudo saiu de controle — as horas principalmente — e tão distraída que estava com o gole de café, um punhado de lembranças e algumas decisões de vida (para ontem, como de costume) que, ao puxar um livro qualquer, uma cena-antiga se repetiu: pela terceiraContinuar lendo “O poeta portenho Borges”

O uso do notebook na escrita

Conversava há pouco com uma colega de profissão e ela reclamava das modernidades que nos atingem. Imaginei como seria a discussão se acontecesse um século antes… com o aparecimento da moderna máquina de escrever e sua poderosa rajada de letras… Foi em uma dessas máquinas que aprendi a usar o teclado, posicionando todos os dedosContinuar lendo “O uso do notebook na escrita”

Pseudônimo

Quando publiquei o meu primeiro livro — em meados dos anos noventa — assinei com um nome inventado. Não queria ser reconhecida e optei por ficar à sombra da criatura que acabou publicada. Mania italiana… o mistério. Temos uma das maiores autoras contemporâneas que se aproveita desse argumento. Ninguém sabe quem é a pessoa porContinuar lendo “Pseudônimo”

retirante

chegando?indo para onde?longequando volta?nunca e por que parte?saudadede mim?de mim. Adriana Aneli, in; Tempestade Urbana As horas avançam! É segunda-feira… e o meu olhar varre a paisagem em busca de qualquer coisa de euforia. Gosto imenso quando o dourado resvala nas faces envergonhadas dos prédios esparramados ao longo da Alameda encenando o fim. Mais uma tarde queContinuar lendo “retirante”

A guerra de todos contra todos

Cara leitora de Direita, Escrevo-te porque o meu silêncio parece chegar a você — em ondas — como se eu concordasse com suas falas ao vento. Eu nada tenho contra conservadores e pessoas que escolhem a Direita como caminho para os seus pés. Ainda que considere uma estupidez — ignorância talvez — o passo apressadoContinuar lendo “A guerra de todos contra todos”

Excerto da semana | Reticências…

— São Paulo, 27 de junho de 2010. —  Amanheci com a pele anestesiada com a idéia de voltar a ter um diário. Despertar pela manhã, água fria no rosto, pés enfiados em meias e os cômodos ultrapassados um a um — uma espécie de ritual ao qual se submeter. Chaleira no fogo. Olhar sem direção, pautadoContinuar lendo “Excerto da semana | Reticências…”