Sampa, em dia de trovões…

Cara Zilvania Escrevo-te pela primeira vez, o que me fez recordar certos rituais. Eu troquei correspondência por muito tempo. Mas foi a partir dos nove anos que os envelopes — confeccionados por mim — passaram a ter selo e endereços de outras pessoas — de todos os cantos do mundo. Antes disso, tive uma únicaContinuar lendo “Sampa, em dia de trovões…”

Primeiras linhas…

Cara Anna, …escrevo-te a bordo de mais uma manhã de sol. O dia promete cores e eu acuso cansaço desde o primeiro espreguiçar. Os músculos alongam-se forçosamente e de passo a passo, alcanço a varanda — acordaram cedo na vizinhança. Alguém varre a calçada e eu me distraio com o som das folhas — queContinuar lendo “Primeiras linhas…”

Catarina versão fanzine…

O meu primeiro contanto com um fanzine aconteceu na década de noventa — na porta da escola. Era uma folha de papel dobrada, com desenhos feitos à mão e meia dúzia de palavras. Parecia uma Hq improvisada. O grupo de garotos era fã de um seriado popular na época:  Buffy — the vampire slave… eContinuar lendo “Catarina versão fanzine…”

28 | quarto capítulo do meu Scenarium

Ao final do primeiro ano da Scenarium, eu não tinha certezas. Havia inventado meia dúzia de projetos de livros — exemplos de poesias e contos. Vinte disso, cinquenta daquilo. Capas e miolos iguais — tudo feito no Word, em caráter totalmente experimental. Mas eu não estava satisfeita… Escolhi fazer uma pausa para observar tudo queContinuar lendo “28 | quarto capítulo do meu Scenarium”

Sete anos

Uma tarde de junho descompromissada… qualquer coisa de outono-inverno. Uma xícara de chá e a tela iluminada do notebook com a página do wordpress aberta, a dizer-me: crie um novo blogue. Eu não pretendia ter outro blogue. Estava satisfeita com o ‘menina no sótão’ e sua proposta de ensaio laboratorial.Observei a tela como se estivesseContinuar lendo “Sete anos”

O meu primeiro livro…

Lembro-me do exato momento em que tomei a decisão. Era outono, mas já se falava em inverno numa contagem de dias-horas… e as ruas do bairro ainda estavam úmidas. Os caminhos estavam desertos de pessoas-cães. Houve uma pausa nas chuvas de maio-junho… e eu caminhava em círculos pelas ruas que se ligavam umas às outras,Continuar lendo “O meu primeiro livro…”