BEDA | Resquícios

“Deixa o coração apaixonar-se pelas paisagens enquanto a alma,no puro sopro da madrugada, se recompõe das aflições da cidade.A pouco e pouco, aprendi que nenhum viajante vê o que os outros viajantes,ao passarem pelos mesmos lugares, vêem.O olhar de cada um, sobre as coisas do mundo é único,não se confunde com nenhum outro”. Al BertoContinuar lendo “BEDA | Resquícios”

Outras primaveras

Hoje eu dei pela Primavera pela primeira vez esse ano… Estava a caminho da Starbucks da Alameda Santos. Embora tenah por hábito ir pela Avenida Paulista — optei por um caminho diferente. Não estava a fim de multidões. E como não tinha pressa de chegar, atrasei o passo e fui com a calma que a manhãContinuar lendo “Outras primaveras”

Igreja da Consolação

Gosto imenso da maneira como a Igreja da Consolação, em pleno coração paulistano, emerge grandiosa do chão… O prédio original foi remodelado para se adequar a região, que passou por uma significante mudança em meados da década de 1930. Em 1922, a Igreja tinha apenas o piso de tijolo, as paredes, o telhado e umaContinuar lendo “Igreja da Consolação”

Palacete São Jorge

A região da 25 de março esta cada vez mais ocupada por chineses e seus “negócios da china”. Mas eu duvido que a influência árabe irá desaparecer. O Palacete São Jorge — um investimento do árabe Rizkallah Jorge Tahan que fez fortuna o início do século passado vendendo em seu estabelecimento comercial — na RuaContinuar lendo “Palacete São Jorge”

Con.Vi.Ver

Vila Itororó Fiz essa foto num tempo anterior a esse… quando o meu passo tinha como destino a Alameda Santos. Lembro-me que a noite me convidou a caminhar e eu dei aos meus pés o sabor das calçadas da Avenida Paulista até a Brigadeiro Luís Antônio… Fui perfazendo os caminhos, sem mapas… sentindo o piso,Continuar lendo “Con.Vi.Ver”

 6 on 6 | Meu quintal

Eu não sou o tipo de pessoa que fotografa plantas e árvores. Meu olhar vasculha a geografia urbana em busca de alicerces humanos: prédios, casas e um sem-fim de construções erráticas. E, como resido em um bairro sob o efeito perverso dos investimentos imobiliários, tenho feito registro de casas que evaporam de um dia paraContinuar lendo ” 6 on 6 | Meu quintal”

Ruínas urbanas…

Essa é uma foto de arquivo… do tempo em que eu saía pela cidade com uma câmera em mãos. A encontrei ao vasculhar um dos meus cartões de memória. Sensação estranha. Eu sou uma pessoa adepta a modernidade. Não tive dificuldade em substituir minha velha máquina de escrever por um computador e outro e depoisContinuar lendo “Ruínas urbanas…”

A última fotografia

Faz tempo que não saio para a noite com uma câmera em mãos… Tenho saído com o cão, mas não faço registro algum, das coisas que vejo e toco. Apenas vigio os meus passos — um hábito antigo — observo as ranhuras no chão e espio o que brota do cimento. Outro dia, me depareiContinuar lendo “A última fotografia”

13 — A flor escura da realidade

Daqui de dentro, sem prazo para emergir… Caríssima M., …sua missiva chegou até mim como uma forte rajada de vento, daquelas que tiram tudo do lugar e causa algum tumulto na mesa que ocupo essa semana. Não saí de casa — não vi pessoas e me espalhei pelos cantos desse lugar ao qual não pertenço.Continuar lendo “13 — A flor escura da realidade”

tinha outra janela no meio do caminho

Nos primeiros anos em São Paulo… eu saia com uma câmera a tiracolo e, quando algo chamava a minha atenção, disparava o clique… Foram centenas de registros. Naqueles dias, eu precisava esperar alguns dias pelo resultado. Completar os rolos de filmes… removê-los da câmera e levá-los a um dos espaços para revelá-los. Lembro-me da surpresaContinuar lendo “tinha outra janela no meio do caminho”