07 — Sou feita de trovões

Caríssima Ana, Pensava em tuas linhas quando ouvi o som de um trovão ressoar pelos cantos da casa-corpo-alma. Fechei os olhos, respirei fundo… e vesti a pele com um punhado de sensações novas e antigas — devidamente misturadas. A mente escapou e foi folhear as páginas do livro de Helder, em estado de repouso naContinuar lendo “07 — Sou feita de trovões”

escrever poemas não é boa maneira de atordoar

escrever poemas não é boa maneira de atordoar os tempos do verbo,não é o mesmo que meter a cabeça num buraco abissínio,nem perder algures uma perna e lembrar-se depois de perder ainda a outra:ninguém ganha assim uma barra de ouro,ninguém glorifica o corpo queimando-o com barras de ouro,ninguém transforma assim numa chaga a beleza humana,tóraxContinuar lendo “escrever poemas não é boa maneira de atordoar”

09 | ‘poemas canhotos’…

Algumas coisas não acontecem… como esse domingo azul, sem nuvens e com todas as coisas da cidade nos mesmos lugares de sempre. Eu preparei uma xícara de chá e fui me sentar no canto do sofá. Coloquei a minha playlist clássica para tocar e mergulhei nas páginas de ‘poemas canhotos‘ — o último livro escrito porContinuar lendo “09 | ‘poemas canhotos’…”

  01 / 365….

queria ver se chegava por extenso ao contrário:força e pulsação e graça,isto é: luz, de dentro, despedaçando tudo,e concentrada:estrela / estela Herberto Helder…… Às vezes, o início de um novo ano é como a descoberta de uma música boa, que me acompanha pelas horas seguintes… Embala o passo que avança seguro pelo lado de dentroContinuar lendo ”  01 / 365….”