Uma mesa com papéis, livros e uma lareira imaginária

São Paulo, final de tarde… começo de noite! Caríssima Mariana, Eu me lembrei de ti, há pouco… ao ver sol insistir por entre densas nuvens de chuva, com seus raios opacos a caramelizar a fachada dos prédios empilhados um por cima dos outros. Deram cores novas para um deles… E eu ainda olho lá paraContinuar lendo “Uma mesa com papéis, livros e uma lareira imaginária”

01 / 365… 2023

Caro 2023, Escolhi os tomates pouco depois das dez. Ainda era trinta de um de dezembro. E ao cortá-los para o molho, comecei a pensar nos anos que se foram e me trouxeram até aqui. Não me demorei em nada. Foi ligeiro… como o mergulho de uma gaivota em águas marítimas. Depois de uma últimaContinuar lendo “01 / 365… 2023”

Seu Mário

Depois de espalhar a correspondência trocada com Suzana Martins pelo chão da sala… busquei pelo livro de Eduardo Jardim na prateleira. Gosto imenso do título: Sou Trezentos… poema de Remate dos Males, lançado em 1929 e marca a dualidade do poeta. O erotismo do homem estão ali. Suas paixões por figuras públicas e proibidos. OsContinuar lendo “Seu Mário”

O homem; as viagens

Cara Heloísa, Escrevo-te nesta manhã dourada de sol, céu azul e temperatura agradável. Uma brisa fria agita a cortina e anuncia os últimos dias de Primavera. Nunca foi tão difícil compreender as estações do ano nesta cidade, como agora. Tudo é excesso: do calor ao frio. E dizem que será assim daqui para frente graçasContinuar lendo “O homem; as viagens”

Sampa em dia de ausência

Cara Flávia, O dia amanheceu cinza… E os tons variam de um lugar para o outro. Mais escuro — mais claro, esbranquiçado. Cinza nuvens num céu encoberto com o sol tentando brilhar. Cinza vento nas folhas das árvores e nas cortinas das janelas. E o cinza das Alamedas — embriagadas pelo ontem, que não respeitaContinuar lendo “Sampa em dia de ausência”

Manhã nublada de quarta-feira…

Cara Luana, É a primeira vez que lhe escrevo e eu gosto imenso disto: a idéia de uma nova correspondente me faz sorrir — me leva de volta no tempo, quando os envelopes chegavam de várias partes do mundo, dizendo novidades singulares. E eu que não era boa em conviver com pessoas, estabelecia contato comContinuar lendo “Manhã nublada de quarta-feira…”

Sampa em tarde de chuva!

Cara Mariana, Os pássaros cantaram na minha madrugada e eu despertei com eles na minha varanda. Sorri a dúvida de sempre: real ou imaginário (?) — sonho eu sabia que não era porque não sou uma pessoa que sonha. Meu sono é tranquilo, sem agitos. Eu apago — desligo-me de tudo. Na infância eu acordavaContinuar lendo “Sampa em tarde de chuva!”

Sampa… depois da tempestade,

Caríssima Roseli, Coloquei a chaleira no fogo nessa primeira hora. Quase sete. Manhã de Primavera. Quinta-feira — dia de fazer bolo. É assim desde a infância — coisa de C., e seus rituais particulares. Desconfio que a maneira que ela encontrou para me posicionar nos dias da semana. O sol chegou a minha varanda, masContinuar lendo “Sampa… depois da tempestade,”

Manhã de nuvens…

Cara Rozana, Choveu há pouco. Mais uma Tempestade de Novembro. Chegou silenciosa e mansa — sem fazer alardes. Mas eu senti em cada músculo e nervo de meu corpo. Desde pequena que eu sinto as Tempestade na pele, por dentro e por fora. Vibro com os trovões, os relâmpagos e com os raios. Alguma coisaContinuar lendo “Manhã de nuvens…”