Um elogio ao silêncio… e a solidão!

A noite sacudia as árvores dormidase afagava a plumagem dos pássaros nos galhos.Lembro que o vento espertava o silêncio no are na quilha dos barcos afogados.Noite que chamava os mortose fazia chegar a mim o seu chamadodo ermo em que jazia.Noite em que do céu caiu o fruto da vida e não colhemos.Noite despojada deContinuar lendo “Um elogio ao silêncio… e a solidão!”

Da cinza as Asas

Chove em mim.Deixo escorrer por todos os ladosgotas agridoces que imitam lágrimase correntezas do sem fim. Chove, e eu não posso salvarminhas fases esquecidas em mim.Não consigo soltar as palavrasque ficam alagadas dentrodos meus guarda-chuvas. Nem eu mesma posso ser salvadesses respingos que perfuramtodas as minhas artérias. Suzana Martins, in:Nascer pela segunda vez As horasContinuar lendo “Da cinza as Asas”

No cais outra vez

Escrevi muitas histórias para te contar…Depois, desfiz de cada umaDividi tudo em cartas que você nunca irá lerSão 70 páginas onde a lua avisa …que a vida — é feita de fases! Mariana Gouveia in;Sete Luas Hoje é segunda-feira… dia de começar a ler “novos” livros e de sair para pequenas caminhadas, com as mãosContinuar lendo “No cais outra vez”

retirante

chegando?indo para onde?longequando volta?nunca e por que parte?saudadede mim?de mim. Adriana Aneli, in; Tempestade Urbana As horas avançam! É segunda-feira… e o meu olhar varre a paisagem em busca de qualquer coisa de euforia. Gosto imenso quando o dourado resvala nas faces envergonhadas dos prédios esparramados ao longo da Alameda encenando o fim. Mais uma tarde queContinuar lendo “retirante”

Não existe segunda-feira sem poesia…

Hoje! Apenas hoje… nessa dia de nuvens a tingir de cinza o céu da cidade, quero mergulhar nas margens da vida e ser apenas eu mesma — sem traço, personagens, pseudônimos, invenções momentâneas, alter egos… Quero fechar o livro e deixa-lo quieto no canto, com as páginas em suspenso, sem volteios… para que adormeçam eContinuar lendo “Não existe segunda-feira sem poesia…”

Hoje é segunda-feira…

(…) ela acreditava ter superado a idade de corar, mas certamente  não tinha ultrapassado a idade da emoção. Nada existe neste  momento e neste instante em que nos (des)encontramos. nada existe para além do que nos afasta do que é inevitável.  Esta vida é feita de proximidades e distanciamentos. Há barulho, ruído e distorção.  –Continuar lendo “Hoje é segunda-feira…”

26 | s e g u n d a (última)

Neste estado não mundano em que me movimentoMinha Fe e Esperança são diabólica moeda correnteEm mundos falsificados, cunho pequenos donativosEm torno de mim, e troco minha alma por amor. Allen Ginsberg Dia quente. Segunda feira. Impossível dizer que o inverno se foi. O calendário diz que é primavera, desde o dia vinte e três. EContinuar lendo “26 | s e g u n d a (última)”