certas pessoas não morrem, se eternizam em nossos gestos…

Eu tenho um pequeno velho baú… presente de meu menino que o confeccionou para celebrar as minhas três décadas de existência. Os baús — acredito eu — por excelência, têm por obrigação serem velhos… só assim podem guardar ‘coisas esquecidas’. A primeira vez que vi o interior de um baú, eu tinha pouca idade… aconteciaContinuar lendo “certas pessoas não morrem, se eternizam em nossos gestos…”

algumas páginas de Elizabeth Bishop depois

Ah, estranha vida a de bordo! Cada novo diaRaia mais novo e mais outro que cada dia na terra. — Álvaro de Campos, pág. 221 — O espaço é outro… tudo por aqui é novo — das paredes aos móveis. Ainda não domei essas figuras que saltam a minha volta. Sou estrangeira de novo: naContinuar lendo “algumas páginas de Elizabeth Bishop depois”

Sementes em estado de espera…

…passei à tarde de hoje investigando os meus dias, as minhas horas! Debussy veio comigo. O meu autismo musical me faz ouvir a mesma música em repeat sem nunca me cansar, durante dias inteiros. Foi assim com “claire de lune” — que tocou seguidas vezes. Meus olhos se detiveram junto ao branco do teto por algunsContinuar lendo “Sementes em estado de espera…”

Setpum…

Nesse Agosto… completam-se cinco anos do lançamento de Septum. Eu levei um susto quando recebi a notificação. Fui espiar um calendário imaginário, enquanto observava as fotos da Biblioteca Mário de Andrade, onde nos reunimos no ano de 2016 para apresentar ao nosso-mundo — que em um lançamento de livro, encolhe-se consideravelmente — os nossos diários.Continuar lendo “Setpum…”

15 | Pessoa e eu!

“Meu coração é um almirante louco que abandonou a profissão do mar”. — foi o que disse Campos, em um de seus poemas que termina com a pergunta: “e onde diabo estou eu agora com almirante em vez de sensação?”… …esse foi o primeiro poema de Campos que li em voz alta. Estava a andarContinuar lendo “15 | Pessoa e eu!”