Descobri há pouco, ao acordar, nesta segunda feira, que gosto de dias de sol… Não dos quentes, em que tudo desmorona, inclusive a minha pressão arterial… Me refiro as manhãs douradas com sol ameno, nuvens em movimento de vento e o som dos pássaros, em bando, nas árvores… Gosto imenso de olhar para o alto e dar pelos raios solares, opacos… uma espécie de pincelada sutil que dita os tons do lugar…
Eu sou uma criatura noturna, que prefere o cair da tarde… o Crespúsculo e seus tons alaranjados. O veludo negro que cobre a cidade, obrigando o “despertar dos lampiões” — verso de Mário de Andrade que me atinge desde a primeira leitura…
Mas um dia de sol tem o seu charme… quando as temperaturas não se excedem como nos dias de verão que viram tormentas nos céus que dasaguam na terra.
1 — Em São Paulo nem sempre é possível saber se o dia será de sol… às vezes, a cidade amanhece encoberta por nuvens — uma espécie de denso nevoeiro que o sol nem sempre consegue dissipar. Hoje, como se soubesse que iria fotograr a paisagem solar, apareceu radiante antes da sete horas da manhã…
2 — Gosto imenso quando o sol volta a brilhar após dias de chuva. Acho lindo o efeito da luz solar nas poças, nas gotas, nas folhas e na fachada dos prédios…
3 — Gosto imenso de apreciar os pequenos espaços escuros que a luz do sol faz surgir no chão por onde passo… São como pontos que a memória une para o imaginário brincar…
4 — E o efeito do sol nas nuvens quando há vento lá em cima… são dias de verão com aromas de outono e aquela luz opaca, agradável e a temperatura agradável que não arde, apenas aquece.
5 — Eu gosto do verbo pertencer e uso com alguma frequencia. Essa árvore pertence a esse lugar, que está em transição. Demoliram as casas para erguer um novo empreendimento de luxo… e o sol realça os tons e os desenhos de flores. Uma parte de mim, ao passar por lá, verifica com preocupação se a árvore está lá…
6 — Uma das rotinas do meu dia é apreciar o cair da tarde… a luz do sol nos arranha-céus que mudam de cor e, às vezes, de forma e vão se deformando até a noite cair e misturar todas as formas, unidas por pequenos pontos acesos — janelas onde vidas se equlibram…
Mariana Gouveia – Obdulio Nuñes Ortega – Roseli Pedroso – Suzana Martins
Post magnífico, esse caminhar ensolarado pelo dia, pelas sombras/luz, pelas transformações…
A luz solar ganha nuances diversos a depender de onde pousa. Nesse caso, valorizam as formas de construções e desvãos. Homenagens solares.
Falamos muito sobre sol… tempo e calor. Fazemos nossas previsões de futuro e presente com poesia. Que solar mais lindo tu nos ofereceu aqui! ❤
Você, tão lunar, transformou o sol em pequenas solombras que abraçam. Fiquei aqui a contemplar cada pedaço teu perfumado de sol!! ❤
Também aprecio os dias de sol… “Não dos quentes, em que tudo desmorona, inclusive a minha pressão arterial…” Desses corro quilômetros. Amei o jogo de luzes que captou com os raios solares.